Em março, IBGE prevê safra recorde de 264,9 milhões de toneladas para 2021
Em março, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2021 alcançou mais um recorde, devendo totalizar 264,9 milhões de toneladas, 4,2% (10,7 milhões de toneladas) acima da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas).
Frente ao mês anterior, houve alta de 1,7 milhão de toneladas (0,7%). O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta que a área a ser colhida é de 67,7 milhões de hectares, sendo 3,5% (2,3 milhões de hectares) maior que a de 2020 e 1,1% (766,4 mil hectares) maior que o previsto no mês anterior.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representam, somados, 92,9% da estimativa da produção e ocupam 87,9% da área a ser colhida. Em relação a 2020, houve acréscimos de 5,1% na área do milho (3,0% na primeira safra e 5,9% na segunda) e de 4,1% na área da soja. Mas houve declínios na área do algodão herbáceo (-12,0%) e na do arroz (-0,1%).
Para a soja, a estimativa de produção bateu um novo recorde: 131,8 milhões de toneladas, com alta de 8,5% frente a 2020. Para o milho, espera-se queda de 0,2% na produção (menos 4,4% na primeira safra e mais 1,3% na segunda), ficando em 103,0 milhões de toneladas. Para o arroz são estimadas 11,1 milhões de toneladas, alta de 0,2%, e, para o algodão, 5,9 milhões de toneladas, queda de 16,9%.
A informação de março para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2021 alcançou 264,9 milhões de toneladas e uma área colhida de 67,7 milhões de hectares. Em relação a 2020, a área a ser colhida cresceu 3,5% (2,3 milhões de hectares). Frente ao previsto no mês anterior, houve alta de 766,4 mil hectares (1,1%).
As regiões Sul (13,7%), Sudeste (3,5%), Norte (1,4%) e Nordeste (3,3%) tiveram altas em suas estimativas, sendo que a primeira deve produzir 83,1 milhões de toneladas (31,4% do total nacional); a segunda, 26,6 milhões de toneladas (10,1% do total); a terceira, 11,1 milhões de toneladas (4,2% do total) e a quarta, 23,3 milhões de toneladas (8,8% do total). Já o Centro-Oeste, que é o maior produtor (45,5% do total), deve ter queda de 0,9%.
Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera, com uma participação de 27,2%, seguido pelo Paraná (15,8%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (9,7%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,4%), que, somados, representaram 80,7% do total nacional. As variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Minas Gerais (1,1 milhão de toneladas), no Pará (405,8 mil toneladas), no Mato Grosso (305 mil toneladas), na Bahia (271,7 mil toneladas), no Rio Grande do Sul (168,9 mil toneladas), no Paraná (152,6 mil toneladas), em Goiás (137,8 mil toneladas), no Ceará (132,9 mil toneladas), em Pernambuco (104,8 mil toneladas), no Maranhão (33,8 mil toneladas), no Acre (2 mil toneladas) e no Espírito Santo (129 toneladas). As variações negativas ocorreram em Santa Catarina (-612,7 mil toneladas), no Mato Grosso do Sul (-415,0 mil toneladas), no Amapá (-14,3 mil toneladas), no Distrito Federal (-4,2 mil toneladas), no Rio Grande do Norte (-3,9 mil toneladas) e no Rio de Janeiro (-14 toneladas).
Destaques na estimativa de março de 2021 em relação à de fevereiro
Em março, destacaram-se as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação a fevereiro: trigo (8,1% ou 541,6 mil toneladas), da cevada (7,9% ou 31,3 mil toneladas), do feijão 2ª safra (5,0% ou 57,1 mil toneladas), da uva (4,9% ou 78,4 mil toneladas), do sorgo (2,4% ou 67,5 mil toneladas), do feijão 3ª safra (1,7% ou 9,4 mil toneladas), da soja (1,1% ou 1,4 milhão de toneladas), do arroz (0,9% ou 100,3 mil toneladas), do feijão 1ª safra (0,8% ou 10,5 mil toneladas).
Por outro lado, são esperados declínios na produção do milho 2ª safra (-0,1% ou
82,4 mil toneladas), da aveia (-0,3% ou 2,5 mil toneladas) e do milho 1ª safra (-1,5% ou 388,8 mil toneladas).
ARROZ (em casca) – A estimativa da produção foi de 11,1 milhões de toneladas, crescimento de 0,9% em relação ao mês anterior e de 0,2% em relação a 2020. Essa produção deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro. Para a safra 2021, a tendência é de que haja maior equilíbrio nos preços do cereal, que alcançou patamares históricos em 2020 alavancados pelo aumento do consumo interno, efeito da pandemia da Covid-19 e do aumento das exportações, devido ao estímulo cambial.
O Rio Grande do Sul é responsável por 70,3% da produção nacional e deve produzir 7,7 milhões de toneladas, aumento de 1,3% em relação ao mês anterior, mas queda de 0,8% em relação a 2020. Já a produção catarinense, de 1,2 milhão de toneladas, deve declinar 4,8% em relação a 2020.
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 7,3 milhões de toneladas, crescimento de 16,9% em relação ao ano anterior, com o rendimento médio devendo aumentar 17,6%.
A região Sul deve responder por 88,9% da produção tritícola nacional em 2021. No Paraná, maior produtor (51,4% do total), a produção foi estimada em 3,7 milhões de toneladas, com alta de 19,7% frente a 2020. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor (35,4% do total), deve produzir 2,6 milhões de toneladas, crescimento de 22,1%.
A estimativa da produção da aveia foi de 994,9 mil toneladas, crescimento de 7,5% frente a 2020. Rio Grande do Sul e Paraná, maiores produtores brasileiros do cereal, estimam produzir 740,5 mil toneladas e 186,7 mil toneladas, respectivamente.
Para a cevada, a estimativa encontra-se em 428,4 mil toneladas, aumento de 7,9% em relação ao mês anterior, e crescimento de 13,1% em relação ao ano anterior. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 303,6 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 111,1 mil toneladas, que somados representam 96,8% do total nacional.
FEIJÃO (em grão) – A terceira estimativa da produção total nacional de feijão foi de 3,0 milhões de toneladas, sendo 2,6% maior que a de fevereiro. A área a ser colhida, de 2,8 milhões de hectares, aumentou 2,5 % e o rendimento médio, de 1.094 kg/ha, aumentou 0,1% no mês. Paraná (24,7%), Minas Gerais (18,4%), Goiás (10,6%), Mato Grosso (7,7%), São Paulo (6,9%), Bahia (6,6%) e Ceará (3,9%) têm a maior participação nesta produção.
A 1ª safra de feijão, que responde por 41,4% da produção, foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, alta de 0,8% frente à estimativa de fevereiro. Destaques negativos para a Bahia, com uma diminuição de 10,5%, Santa Catarina (-10,1%) e o Rio Grande do Sul (-8,9%). Houve aumento nas estimativas do Ceará (23,7%), Minas Gerais (1,9%), Paraná (0,3%), Maranhão (1,4%), Mato Grosso (12,3%), Distrito Federal (25,0%) e Pernambuco (33,8%).
Já a 2ª safra de feijão, que responde por 40,0% do total, foi estimada em 1,2 milhão 210,7 mil toneladas, aumento de 5,0% frente à estimativa de fevereiro. Os destaques positivos foram o Rio Grande do Sul, com alta de 17,2%, Paraná (6,6%) e Pernambuco (393,6%). Já o Mato Grosso (-8,1%) e o Mato Grosso do Sul (-7,9%) reduziram suas estimativas. Frente a 2020, a 2ª safra de feijão deve ser 20,2% maior.
Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 563,0 mil toneladas, com aumento de 1,7% frente à previsão anterior. Mato Grosso e Distrito Federal, com estimativa de aumento de 6,0% e 20,0% nas suas produções, respectivamente, foram os responsáveis pela correção. Em relação a 2020, a estimativa foi reduzida em 1,3%.
MILHO (em grão) – Com uma área a ser colhida de 19,2 milhões de hectares e um rendimento médio de 5.367 kg/ha, em relação à última informação mensal, a estimativa da produção declinou 0,5%, totalizando 103,0 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção deve ser 0,2% menor, embora haja aumentos de 4,9% na área a ser plantada e de 5,1% na área a ser colhida.
Na 1ª safra de milho, a produção foi estimada em 25,4 milhões de toneladas, declínio de 1,5% ante o mês anterior. As quedas mais intensas foram observadas em Goiás (-5,9%), Distrito Federal (-11,1%), Santa Catarina (-20,3%), Rio Grande do Norte (-9,6%), Paraná (-3,1%), e Mato Grosso do Sul (-3,3%). Em relação a 2020, essa produção é 4,4% menor, resultado da retração de 7,1% no rendimento médio (5.048 kg/há).
Para a 2ª safra, a estimativa da produção foi de 77,6 milhões de toneladas, declínio de 0,1% em relação ao mês anterior e alta de 1,3% frente a 2020. Os maiores produtores do milho 2ª safra, em 2021, devem ser o Mato Grosso, com 33,2 milhões de toneladas e participação de 42,7% no total nacional; o Paraná, com 13,4 milhões de toneladas e participação de 17,2% no total nacional. O Mato Grosso do Sul, com uma produção de 10,0 milhões de toneladas, e Goiás, com 9,7 milhões de toneladas, devem participar com 12,9% e 12,4% da produção nacional, respectivamente.
SOJA (em grão) – A estimativa da produção da soja foi de 131,8 milhões de toneladas, um novo recorde da série histórica do IBGE, com aumento de 1,1% (1,4 milhão de toneladas) ante o mês anterior e de 8,5% (10,3 milhões de toneladas) frente a 2020. Em março, houve ajustes nas estimativas de produção em vários estados, destacando-se os crescimentos de 1,8% no Mato Grosso, de 2,2% em Goiás, de 1,2% na Bahia, de 2,8% em Minas Gerais, de 0,7% no Rio Grande do Sul e de 14,2% no Pará. A safra gaúcha se recupera dos problemas causados pela estiagem em 2020 e está crescendo 74,0%, voltando a patamares normais. Alguns importantes produtores apresentam queda no rendimento médio das lavouras, devido a questões climáticas, como é o caso do Mato Grosso (-3,6%), Paraná (-5,0%), Goiás (-4,0%) e São Paulo (-5,4%).
SORGO (em grão) – A estimativa da produção foi de 2,8 milhões de toneladas para o mês de março, aumento de 2,4% em relação ao mês anterior e de 3,1% frente a 2020. A região Centro-Oeste, grande produtora deste grão com 54,1% da produção nacional, teve sua estimativa aumentada em 0,6%, em decorrência das altas nas estimativas do Mato Grosso do Sul (15,2%) e Goiás (1,5%), que é principal produtor brasileiro do cereal (46,9% do total nacional). Minas Gerais, segundo maior produtor, estimou uma produção de 892,2 mil toneladas, aumento de 6,8% (56,7 mil toneladas) em relação a fevereiro.
Diversas unidades da federação aumentaram as estimativas de produção em relação a 2020, tais como: Pará (25,6%), Pernambuco (48,3%), Minas Gerais (3,4%), Mato Grosso do Sul (15,2%), Maranhão (12,1%) e Goiás (15,2%). Menores produções devem ser obtidas pela Bahia (-34,8%), Distrito Federal (-38,7%), Piauí (-71,0%) e Ceará (-43,0%).
UVA – A estimativa da produção foi de 1,7 milhão de toneladas, crescimento de 4,9% em relação ao mês anterior. No Rio Grande do Sul, maior produtor (56,5% do total), a produção foi reavaliada com crescimento 8,5%, alcançando 950,2 mil toneladas. Boas condições climáticas e a introdução de variedades mais produtivas favoreceram a safra. Em relação ao ano anterior, há uma recuperação da produtividade dos parreirais, que proporcionam um crescimento de 18,7% na produção. O crescimento é observado nas principais unidades produtoras, com destaque para Rio Grande do Sul (29,2%), Pernambuco (15,3%) e Bahia (8,9%), que representam 82,6% da produção nacional.
Fonte: IBGE
93% das fazendas que adotam processos de gestão colhem resultados positivos na primeira safra
Índice foi apresentado durante segundo episódio do projeto “Caminhos do Agro SP” que abordou a importância da gestão para a produção rural
Estima-se que 50% das propriedades rurais que investem em gestão dobram a sua capacidade de caixa em quatro anos e 93% obtêm índices positivos logo na primeira safra. Gestão foi o tema do segundo episódio do “Caminhos do Agro SP”, apresentado nesta quarta-feira, dia 26/08, um projeto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo em parceria com a TV Cultura, a InvestSP e a iniciativa privada.
A live foi conduzida pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Gustavo Junqueira, e contou com a participação do Ex-ministro e Secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles; do Coordenador do Instituto Inttegra, Antonio Chaker El-Memari Neto; do coordenador da área de Desenvolvimento Rural Sustentável da Secretaria, José Luiz Fontes; e do Diretor de Negócios – Especialidades da UPL, Marcelo Gardel.
Além disso, durante o episódio, o produtor e empresário rural Marcio Hasegawa, maior produtor de hortaliças do Brasil, apresentou os resultados e os ganhos em seu negócio após ter investido em gestão. O Grupo Hasegawa, com a produção concentrada em quatro fazendas, na região do Alto Tietê, incluindo hortifrútis processados prontos para consumo, gera atualmente empregos para 380 famílias e adota modelos inovadores de produção e comercialização.
O Secretário de Agricultura Gustavo Junqueira, que considera que a próxima revolução do agronegócio paulista e brasileiro depende, justamente, de uma boa gestão, ressaltou: “Quando o produtor começa a fazer gestão aumenta não somente a própria renda, mas fomenta toda a economia na qual está inserido e o desenvolvimento local. Por isso, o poder público e a iniciativa privada devem trabalhar integrados e aproveitar a capilaridade que possuem para ter acesso a quem está na ponta da cadeia e desenvolver ações e projetos específicos que levem treinamento aos produtores rurais. Precisamos fortalecer todos os elos de produção para que eles fiquem robustos e garantam assim a segurança e a saudabilidade dos alimentos para o consumidor final. Isso só será possível com gestão”.
Para o Secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, o agronegócio brasileiro tem sido reconhecido nos últimos anos por seus grandes saltos de produtividade, obtidos com o uso de tecnologia. Para que o setor continue a evoluir e a conquistar novos mercados, a gestão e a capacitação são essenciais. “Agora enfrentamos o desafio de dar um salto na gerência e obter respostas de como vamos afinar os processos para elevar a produtividade. Um deles é colocar a tecnologia à disposição de quem está cultivando e outro é a qualificação gerencial do próprio agricultor”, apontou.
Em sua participação, o Coordenador do Instituto Inttegra, Antonio Chaker El-Memari Neto, destacou que a conectividade é um dos fatores determinantes para manter o homem no campo e fundamental para evoluir em gestão. “Um terço das propriedades ganham menos do que poderiam; outro terço está buscando melhorias e apenas um terço está realmente pronta para absorver qualquer tipo de tecnologia. Essa transformação está inspirando o produtor a querer mais. As fazendas que utilizam ferramentas gerenciais melhoram na primeira safra pelo fato de ter uma visão clara estabelecida, metas, planos de ação e trazer tecnologias buscando margem de qualidade”, disse.
Para o desenvolvimento do setor, o Diretor de Negócios – Especialidades da UPL, Marcelo Gardel, indicou que um modelo que vem dando certo é a parceria público-privada, que auxilia os produtores em seus processos internos para que possam melhorar a gestão de suas atividades. “Assim, cada vez mais é possível obter a sustentabilidade financeira, acesso a novos mercados, preferência nas relações comerciais, e que o produtor, ao organizar a gestão, consiga redução de custos e longevidade no negócio, passando inclusive por processos de sucessão familiar”, enfatizou.
Foi também o que mencionou o coordenador da área de Desenvolvimento Rural Sustentável da Secretaria de Agricultura, José Luiz Fontes. “O poder público está preparado para auxiliar os produtores a fazer uma melhor gestão de suas propriedades rurais. Iniciamos no ano passado com diretrizes para políticas públicas e hoje estamos passando por um processo de reestruturação e modernização de estrutura da Secretaria, que disponibilizará o corpo técnico para as atividades no campo, deixando de realizar atividades burocráticas e administrativas. Propomos também a digitalização dos processos e é primordial que haja uma integração e engajamento de todo o corpo técnico. Com isso, pretendemos gerar a infraestrutura necessária e colaborar com os produtores nessa transformação”, ressaltou.
“Caminhos do Agro SP”
O projeto “Caminhos do Agro SP” é resultado de uma parceria entre InvestSP, Fundag, TV Cultura e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os episódios podem ser acompanhados nos canais do YouTube da Secretaria de Agricultura e Abastecimento: https://www.youtube.com/agriculturasp e da TV Cultura: https://www.youtube.com/cultura
Fonte: Noticias Agrícolas
Goiás passa a ser o terceiro maior produtor de grãos do Brasil
Segundo levantamento da Conab, o Estado ultrapassou Rio Grande do Sul, no ranking de produção, e agora está atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.
Com 27,1 milhões de toneladas de grãos, área cultivada superior a seis milhões de hectares e produtividade de 4.511 quilos por hectare na safra 2019/2020, Goiás passa a ser o terceiro maior produtor de grãos do Brasil. É o que constata no 8º Levantamento da Safra 2019/2020 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, 12 de maio. De acordo com os dados, houve crescimento de 10% na estimativa de produção goiana, de 6,1% na área de cultivo e de 3,7% em produtividade em relação à safra anterior, com Goiás, agora, representando 10,8% da produção nacional de grãos – atrás apenas do Mato Grosso e Paraná. No levantamento da safra de grãos da Conab, divulgado em abril, Rio Grande do Sul estava à frente de Goiás, mas na nova estimativa da Conab perdeu posição, já que o Estado da região Sul sofreu queda na produção por causa da estiagem.
Entre os destaques, em Goiás, estão sorgo, milho e soja. No caso de sorgo, o Estado se mantém na primeira posição do ranking de produção, com 1,22 milhão de toneladas, crescimento de 23,4% na safra 2019/2020 em relação à safra passada. No milho, a estimativa de aumento foi de 10,9% na produção, com 12,74 milhões de toneladas produzidas, o que representa 12,5% da produção nacional, colocando Goiás em terceiro no ranking de produção no País. Também houve crescimento de 11,7% na área de cultivo de milho, com mais de 1,87 milhões de hectares. A produção de soja goiana teve aumento de 9,0%, com 12,46 milhões de toneladas, representando 10,4% da produção nacional e terceira posição no ranking do Brasil. A área cultivada passou a mais de 3,54 milhões de hectares, número 2% maior, e a produtividade cresceu 6,9%, com 3.516 quilos por hectare.
Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, essa nova posição de Goiás no ranking nacional de produção de grãos se deve ao fato do Estado não ter sofrido com problemas climáticos, como os que ocorreram no Rio Grande do Sul, que até então ocupava a terceira posição entre os estados brasileiros. “Apesar de atrasos no plantio, nós não tivemos períodos de seca como outros locais. Isso refletiu positivamente para que Goiás conseguisse crescer em produção e produtividade”, enfatiza.
Antônio Carlos avalia ainda que essa posição no ranking também confirma que o Estado é um dos principais produtores de alimentos no Brasil e que o setor continua trabalhando, apesar da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Quem está atuando no agro reconhece a necessidade de seguir todas as recomendações de segurança, definidas tanto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto pelos Ministérios da Saúde e da Agricultura, para continuar desenvolvendo suas atividades no campo. E é o que tem feito o produtor goiano para que o alimento chegue à mesa da população.
O Governo de Goiás, por meio da Seapa e suas jurisdicionadas, como Emater, Agrodefesa e Ceasa, também tem adotado ações e políticas públicas para garantir que a produção de grãos e de outros produtos do agro continue no Estado, com todo o suporte de segurança. Estamos passando por um cenário inesperado em todos os setores, mas o agro tem feito sua parte para tentar tornar melhor a situação do nosso Estado”, destaca.
Dados de outros grãos
As variações apresentadas – positivas (↑) ou negativas (↓) – são em comparação aos dados da safra anterior (2018/2019)
Feijão
Área de 134,5 mil ha; ↑2,4%
Produtividade de 2.296kg/ha; ↓0,9%
Produção de 308,9 mil toneladas; ↑1,5%
Representa 10,1% da produção nacional
4° no ranking de produção
Gergelim
Área de 3,0 mil ha;
Produtividade de 700,0kg/ha;
Produção de 2,1 mil toneladas;
Representa 1,6% da produção nacional
2° no ranking de produção
Girassol
Área de 19,6 mil ha; ↓5,3%
Produtividade de 1.600 kg/ha; ↓11,1%
Produção de 31,4 mil toneladas; ↓15,8%
Representa 41,8% da produção nacional
2° no ranking de produção
Caroço de Algodão
Área de 38,5 mil ha; ↓9,2%
Produtividade de 2.603 kg/ha; ↑4,8%
Produção de 100,2 mil toneladas; ↓4,8%
Representa 2,3% da produção nacional
3° no ranking de produção
Arroz
Área de 22,6mil ha; ↓0,9%
Produtividade de 4.962 kg/ha; ↑0,4%
Produção de 112,1 mil toneladas; ↓0,4%
Representa 1,0% da produção nacional
8° no ranking de produção
Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/graos/259114-goias-passa-a-ser-o-terceiro-maior-produtor-de-graos-do-brasil.