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Exportações de milho do Brasil podem atingir menor volume em 10 anos

20 julho 2021

Exportações

O cenário de escassez de milho no Brasil reflete em resultado negativo nas exportações. No acumulado do ano até a terceira semana de julho, as exportações de milho somam apenas 4,28 milhões de toneladas, um número bem abaixo das 34,4 milhões de toneladas embarcadas em 2020.

Diante da quebra na segunda safra, que ficou acima de 20%, o desafio é saber se o Brasil terá capacidade para atingir a marca de 20 milhões de toneladas exportadas. Caso não consiga, o país deve registrar a menor marca desde 2012, quando foram embarcadas pouco mais de 19 milhões de toneladas.

No sentido contrário, as importações do cereal mostram uma tendência de alta. No acumulado do ano até a terceira semana de julho, as compras de milho somam 1 milhão de toneladas. Com isso, o Brasil deve superar a marca das importações do ano passado, quando o volume adquirido chegou a 1,37 milhão de toneladas.

Soja segue batendo recorde

Se para o milho o resultado das exportações é fraco, o mesmo não acontece com a soja. No acumulado do ano, as vendas da soja em grão somam 63,11 milhões de toneladas, aumentando a chance de bater a quantidade comercializada durante todo o ano de 2020, que foi de com 82,9 milhões de toneladas.

Outro destaque é a receita cambial com as exportações de soja. Com a apreciação do dólar e desvalorização do real ante a moeda norte-americana, a receita cambial com as exportações de soja chega a US$ 27, 3 bilhões no acumulado do ano até a terceira semana de julho, valor próximo os US$ 28 bilhões obtidos no decorrer de 2020

Farelo de soja pode ter resultado inédito

O Brasil pode bater um recorde também nas exportações de soja em 2021. Com 9,2 milhões de toneladas embarcadas até a terceira semana de julho, o país caminha para superar as 16,9 milhões de toneladas exportadas no ano passado e deve alcançar o patamar das 17 milhões de toneladas de farelo.